As mulheres, cada vez mais, ocupam diferentes cargos e funções, quebrando barreiras e construindo um futuro mais igualitário na indústria. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de mulheres empregadas na construção civil cresceu 120% entre 2007 e 2017, passando de 136 mil para 300 mil. Apesar do aumento, elas ainda representam apenas 9,4% do total de trabalhadores do setor.
As mulheres enfrentam diversos desafios e imprevistos para se inserir e se manter na construção civil, como o preconceito, a discriminação, o assédio e a dificuldade de conciliar o trabalho com as responsabilidades domésticas e familiares. No entanto, elas são exímias profissionais, com inúmeras qualidades e competências que contribuem para o desenvolvimento e a inovação do setor, como a criatividade, a organização, a atenção aos detalhes, a comunicação e o trabalho em equipe.
Áreas de atuação das mulheres
Assim como os homens, as mulheres podem atuar em todas as áreas da construção civil, ocupando cargos que vão do operacional, como pedreiras, carpinteiras, eletricistas e pintoras, até as funções técnicas e gerenciais, como engenheiras, arquitetas, projetistas e gestoras. E por que não empreender? Sim, elas podem ser empreendedoras e abrir seus próprios negócios, como empresas de reforma, consultoria, decoração e paisagismo.
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Um olhar feminino para um universo masculino
A presença de mulheres num ambiente tradicionalmente masculino, como é a construção civil, proporciona inúmeros benefícios, como:
- Diversidade de ideias e perspectivas: a inclusão de diferentes visões enriquece o ambiente de trabalho e contribui para a tomada de decisões mais eficazes;
- Melhoria na comunicação e colaboração: a diversidade de gênero promove um ambiente mais colaborativo e inclusivo, onde diferentes pontos de vista são valorizados;
- Aumento da produtividade e da inovação: estudos demonstram que empresas com maior diversidade de gênero tendem a ser mais produtivas e inovadoras.
Incentivos para as mulheres
Para incentivar e apoiar as mulheres que desejam ingressar ou se qualificar na construção civil, existem diversas iniciativas de órgãos públicos, entidades de classe, sindicatos, empresas e organizações sociais que oferecem cursos, treinamentos, orientações e oportunidades de emprego e renda. Algumas dessas iniciativas são:
- O Programa Mulheres na Construção Civil (PMCC), criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em parceria com o Ministério da Cidadania, que oferece cursos gratuitos de qualificação profissional em diversas áreas da construção civil para mulheres em situação de vulnerabilidade social;
- O Projeto Mão na Massa, idealizado pela engenheira Deise Gravina e apoiado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), que capacita mulheres para atuarem como pedreiras e oferece serviços de reforma residencial com mão de obra feminina;
- O Movimento Mulheres na Construção Civil (MMCC), fundado pela engenheira Ana Paula Ferreira e formado por profissionais e estudantes de engenharia civil que promovem palestras, workshops, mentorias e eventos para estimular o protagonismo feminino no setor;
- A Rede Construção com Elas (RCE), coordenada pela arquiteta Ana Carolina Ribeiro e composta por mulheres que trabalham ou se interessam pela construção civil, que realizam encontros virtuais e presenciais para trocar experiências, conhecimentos e oportunidades.
Pioneiras na construção civil
Ao longo da história, mulheres destemidas desafiaram estereótipos de gênero e abriram caminho para outras na desafiadora indústria da construção civil. Essas pioneiras enfrentaram obstáculos e preconceitos, mas com perseverança e talento, deixaram marcas indeléveis no setor. Se inspire com algumas delas:
- Emily Warren Roebling: é conhecida por ter supervisionado a construção da Ponte do Brooklyn, em Nova York, quando seu marido, o engenheiro-chefe do projeto, adoeceu;
- Nora Stanton: primeira mulher a se tornar membro da Sociedade Americana de Engenheiros Civis;
- Patricia Galloway: primeira presidente da Sociedade Americana de Engenheiros Civis;
- Edwiges Maria Becker Hom’meil**: primeira engenheira formada no Brasil, tendo cursado a Escola Politécnica da UFRJ;
- Enedina Alves Marques: primeira engenheira do Paraná e a primeira mulher negra a se tornar engenheira no Brasil;
- Evelyna Bloem Souto: primeira aluna mulher do curso de engenharia civil da USP São Carlos;
- Deise Gravina: idealizadora do ‘Projeto Mão na Massa’, que capacitou centenas de mulheres para trabalhar com construção civil no Brasil;
- Matilde Ucelay: primeira mulher a se formar em arquitetura na Espanha em 1936.
Igualdade de gênero
Para promover a igualdade de gênero na construção civil, diversas iniciativas são necessárias, como:
- Combate ao preconceito e à discriminação: é fundamental conscientizar os trabalhadores sobre a importância da igualdade de gênero e combater qualquer tipo de discriminação contra as mulheres;
- Promoção de oportunidades de carreira: as empresas devem oferecer oportunidades de treinamento e desenvolvimento profissional para as mulheres, garantindo igualdade de acesso a cargos de liderança;
- Criação de um ambiente de trabalho inclusivo: é importante criar um ambiente de trabalho acolhedor e inclusivo para as mulheres, onde elas se sintam seguras e valorizadas.
As mulheres na construção civil representam uma força de trabalho qualificada, diversa e transformadora que contribui para o crescimento econômico, social e ambiental do país. Por isso, é nosso papel valorizar, incentivar, respeitar e apoiar as mulheres que escolhem essa profissão e garantir que elas tenham condições dignas e seguras de trabalho.
A Expert System parabeniza a todas as mulheres que estão transformando o setor da construção civil em um lugar mais humano e igualitário!
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